Observar a tendência do comportamento humano é uma das minhas ocupações favoritas. Primeiro, porque amo gente e adoro ver como evoluem, segundo porque é requisito essencial para que atue com qualidade e resultados na minha atividade profissional.
Comecei a praticar as minhas ações observatórias logo que entrei no mercado de trabalho, como jornalista e depois fui aperfeiçoando o meu olhar ao desenvolver a minha carreira, como publicitária, especialista em gestão de pessoas e mestre em comunicação.
Achava e atualmente acho ainda mais importante perceber e conhecer as principais motivações que conduzem as pessoas a determinadas ações e como elas elaboram o sucesso ou fracasso das suas iniciativas no decorrer da sua trajetória profissional.
Neste exercício constatei que alguns requisitos são essenciais para que se atinja os objetivos, o que me motivou a desenvolver o TAO – Talento Orientado, uma forma descomplicada de conduzir pessoas e empresas a colocarem em prática suas habilidades e capacidades incomuns, lembrando que a palavra originou do grego e representava valor monetário.
Fazendo uma analogia é preciso suarmos a camisa, ralar muito para conquistar nossos talentos.
Diferente dos dons (dádivas que nascem junto com a gente, onde conseguimos sem esforço algum executar determinadas tarefas) que vem de graça, os talentos precisam de prática, disciplina e persistência para serem adquiridos.
É aí que a maioria esbarra nos obstáculos, por sentirem falta de orientador e de um plano que direcione seus objetivos. E entra a nossa competência para atuar como facilitador nos processos de desenvolvimento, estruturando um programa customizado, com ações pontuais e lúdicas que levam à ação.
O que muitos chamam de coaching, termo muito usado atualmente quando se fala em gestão de carreiras e em inglês significa treinamento, preferimos utilizar TAO, sigla que criamos para designar Talento Orientado, que é desenvolver no individuo suas múltiplas capacidades, inatas ou adquiridas para obtençao de sucesso nas suas atividades.
O metódo vem sendo aplicado desde 2013 pela Eco e tem possibilitado que empresas, empreendedores e pessoas encontrem seu ponto de equilíbrio ao desatar os nós que impedem a realização dos seus sonhos e projetos.
Tudo começa com:
Ter um propósito
Você tem clareza de qual sentido quer dar à sua vida, a sua carreira ou a sua empresa?
Conhece de fato o motivo de estar aqui e a essência que te move a contribuir na vida dos outros e fazer da sua algo mais pleno?
Saber onde se quer chegar
Você já traçou passo a passo onde a sua motivação pode te levar? Em que tempo e de que forma pretende alcançar os objetivos que deseja? Escutei uma vez: “que quem não sabe aonde quer chegar, qualquer caminho vale” e o pior é que muitas vezes nos desviam do nosso propósito.
Conhecer nossas habilidades
A máxima : “Conhece-te a ti mesmo”, atribuída ao filósofo grego Sócrates, na verdade é a inscrição que se via na entrada do Oráculo de Delfos e se tornou uma espécie de referência na busca não só do autoconhecimento, mas do conhecimento do mundo, da verdade. Conhecer-se é o primeiro passo para uma vida harmônica e consequentemente mais autêntica e feliz.
Neste contexto, maturidade não é o tempo vivido, e sim o resultado da vontade e do esforço de cada um em conquistá-la. Por isto, vemos pessoas vazias em plena velhice e mentes sábias no auge da juventude.
Quando temos consciência de quem somos por inteiro, tomamos conhecimento do nível das nossas habilidades e reconhecemos onde somos fortes e quais são as nossas fragilidades.
Ao saber disto fica mais simples buscar o desenvolvimento.
Planejar nossas ações
Buscar aprimoramento sem determinar por onde, como e em quanto tempo devemos praticar o nosso desenvolvimento não leva a caminho algum.
Definir um cronograma detalhado é essencial para medir a nossa evolução,nortear nossas práticas, imprimir ritmo, disciplina e estimular a persistência.
Colocá-las em prática
Este item é crucial, porque nele mostramos nossa vontade de fato em alcançarmos nossos objetivos.
Não é fácil quebrarmos paradigmas e resistirmos aos estímulos negativos do nosso inconsciente e do ambiente externo, mas a satisfação em cumprir cada meta e perceber nossa evolução é indizível, porque nos motiva a ir em frente e querer mais de nós mesmos.
Corrigir os desvios constantemente
Como em todo processo evolutivo acontecem imprevistos e variáveis incontroláveis no meio do caminho. Aí, precisamos buscar inspiração em Carlos Drummond de Andrade, ao remover cada obstáculo dizer: “No meio do caminho tinha uma pedra/Tinha uma pedra no meio do caminho”.